sexta-feira, 30 de novembro de 2012

As Esganadas - Jô Soares

Oi.

Prazer. Eu sou o Jorge Camargo. Sou um escritor (sem obras publicadas, ainda) mas que sonha diariamente em ter minhas histórias lidas por varias pessoas. Nas palavras, eu me refugio. Os livros, são mundos em que eu me apego para fugir da dura realidade que nos cerca. Trabalho na Livrarias Curitiba, portanto, estou no céu, cercado por diversos títulos e autores. Sabe aquele prazer estranho de cheirar as paginas dos livros? Pois é, se torna um vicio quando você tem convivência diária, cercado por diversos títulos. Completando o meu perfil, tenho vinte anos, e curso Jornalismo.

Queria agradecer a Gabi Wegner pelo convite para escrever aqui no blog. Fiquei lisonjeado. Admiro o que a Gabi alcançou com o blog, os limites que ela chegou, e que com certeza, vai chegar mais longe ainda.

A você que esta lendo o blog, digo apenas que como novo colunista aqui do blog, quero poder expressar realmente o que eu sinto quando leio, e como eu me envolvo com as histórias.

Pensei muito, desde que a Gabi me fez o convite, há alguns meses, por qual titulo eu começaria a escrever. Já li uma boa quantidade de livros, e sinceramente, se você me perguntar qual livro eu achei ruim, não saberei dizer, pois eu admiro cada obra em especial. O trabalho que o autor teve para concluir aquele trabalho deve ser levado em conta, além de todas as pesquisas, dos meses, das incontáveis xícaras de café, e das noites mal dormidas para trazer vida a personagens que se tornam quase humanos.

Decidi por começar pelo ultimo livro que terminei de ler, As Esganadas do Jô Soares:
Gordas, belas, vorazes, gulosas, indecisas e lambuzonas.
As EsganadasAutor: Jô Soares
Ano: 2011
Páginas: 264
Editora: Companhia das Letras
Nota: 4.0 - Muito bom.
Livro no Skoob: Aqui
Sinopse: Como ator e comediante, o Jô é um grande fazedor de tipos. Sabe como poucos construir um personagem, defini-lo com um detalhe e dar-lhe vida com graça e inteligência. Como autor, essa sua maestria se expande: os tipos são postos no mundo e, mais do que no mundo, numa trama — e o seu criador (eu quase escrevi Criador, pois não deixa de ser um trabalho de deus) se solta. Toda a ficção do Jô é feita de grandes personagens envolvidos em grandes tramas. Os tipos e a trama deste livro são especialmente engenhosos e através deles o autor nos dá um retrato saboroso do Rio de Janeiro no fim dos anos 1930 e começo do Estado Novo — o Rio das vedetes que davam e dos políticos que tomavam, das estrelas do rádio e das corridas de “baratinhas”. E nesse mundo em ebulição chega uma figura portuguesa, saída de um poema do Fernando Pessoa, para elucidar o estranho e terrível caso das gordas desaparecidas que… Mas não vou revelar mais nada. Um dos prazeres da literatura policial é ir acompanhando o desvendar de uma trama, levados de revelação a revelação por alguém com a fórmula exata para nos enlevar — e enredar. No caso do Jô, quem nos guia é um autor que já provou seu domínio do gênero, e que aqui se supera na perfeita dosagem de invenção, humor e erudição que nos prende desde a primeira página, desde a epígrafe. Prepare-se para ser enlevado e enredado, portanto. E prepare-se para outras sensações. Só posso dizer que a trama deixará você, ao mesmo tempo, horrorizado e com fome. E que depois da sua leitura os Pastéis de Santa Clara jamais significarão o mesmo.

As Esganadas conta a história de um psicopata com um trauma de infância, e que mata mulheres obesas com um prazer sexual insaciável (sim, pois ele sente um desejo incontrolável por mulheres de farta carne). Dono de uma síndrome rara, o assassino julga que nunca será descoberto. Até que, Esteves sem metafísica aparece na história e...

Jô Soares mais uma vez sabe introduzir na história o humor bem feito, com personagens inocentes como o jovem Calixto.


Sabe aquele livro que você tem vontade de ler vorazmente, sem deixar de lado? Esse livro é “As Esganadas”. Eu ainda estou preso ao Rio de Janeiro na década de 1930.

O autor (de peso, se me permitem o trocadilho) sabe construir personagens como ninguém. É um grande fazedor, um grande criador de tipos.

O delegado Noronha, a jornalista Diana e o português (personagem saído do poema Tabacaria de Fernando Pessoa) sabem nos envolver a cada inicio e fim de capitulo, com aquele gostinho de quero mais.

Só sei que depois de ler esse livro, todas as mulheres vão achar que devem emagrecer dois quilos.



Isso é tudo.
Até a próxima.
J.N. Camargo.

5 comentários:

  1. Está na minha lista. Quero muito ler, pois gosto bastante do jô como escritor. Na realidade gosto dele como tudo, rs.

    Beijos,

    Carissa
    http://artearoundtheworld.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Oie! Já vi taaantas vezes esse livro na livraria, parece muito bom! Interessante a questão abordada, gostei!

    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Oi Jorge!

    Adorei a resenha! Não sabia muito sobre o enredo do livro e fiquei curiosa para ler agora.

    Beijo;*
    Naty.

    ResponderExcluir
  4. Nossa gostei muito da sua resenha, muito boa mesmo, vc te talento. Sabe eu sempre vi esse livro, mais por ser do Jô eu nunca me interessei, pq eu odeio o Jô, quem sabe não é agora que vou deslanchar nessa leitura?

    ResponderExcluir
  5. Amei sua resenha.. quero muito ler o livro *---*

    ResponderExcluir

O que achou da postagem? Dê a sua opinião.